Se pudesse eu teria um caso com Chico Buarque. Andaria de mãos dadas no calçadão, me reapaixonaria por ele todos os dias, e ele escreveria músicas sobre nosso amor.
Brigaríamos horrores, lágrimas rolando, terminaríamos mil vezes dando muita inspiração para novas letras sobre nosso amor.
Ele jogaria futebol, eu faria uma feijoada completa, ele me abandonaria mas ligaria 3 dias depois arrependido, dizendo que ia voltar, e pra provar que ainda me amava escreveria uma canção sobre o nosso amor.
Mas, enquanto isso não acontece, deixo essa letra com laivos de LSD.
Atoooooro. (O que? vc não gosta do Chico? Acha que ele desafina? Humpf, não no meu ouvido, rs)
Sonhei que o fogo gelou
Sonhei que a neve fervia
Sonhei que ela corava
Quando me via
Sonhei que ao meio-dia
Havia intenso luar
E o povo se embevecia
Se empetecava João
Se emperiquitava Maria
Doentes do coração
Dançavam na enfermaria
E a beleza não fenecia
Belo e sereno era o som
Que lá no morro se ouvia
Eu sei que o sonho era bom
Porque ela sorria
Até quando chovia
Guris inertes no chão
Falavam de astronomia
E me jurava o diabo
Que Deus existia
De mão em mão o ladrão
Relógios distribuía
E a policía já não batia
De noite raiava o sol
Que todo mundo aplaudia
Maconha só se comprava
Na tabacaria
Drogas na drogaria
Um passarinho espanhol
Cantava esta melodia
E com sotaque esta letra
De sua autoria
Sonhei que o fogo gelou
Sonhei que a neve fervia
E por sonhar o impossível, ai
Sonhei que tu me querias
Soñé que el fuego heló
Soñé que la nieve ardía
Y por soñar lo imposible, ay, ay
Soñé que tú me querías