Super animada pra ir na Concha y Toro, mas nada animada com os preços (U$$ 64 por pessoa!!!) que as agências cobram? Vai de metrô gata! Super tranquilo andar de metro por lá, e tem várias estações como a Sé, que cruzam outras linhas, mas antes de sair do hotel peça para o moço da recepção reservar pra você, nós marcamos para as 10:30, colocamos nosso All Star no pé e fomos embora!
Dica: do centro para a a estação Puente Alto (a última de uma das linhas) dá uma hora, do metrô Baquedano para a mesma estação dá uns 45 min, então se programe, tem que fazer baldeação, mas todo mundo se desdobra pra te ajudar a entender e existem vários caminhos pra chegar até lá. Valor do metrô 400 pesos por pessoa, um pouco menos de 1 real.
Chegando na estação Puente Alto desci e perguntei pra uma menina onde ficava a Vinícola, ela me olhou com cara de "essa guria tá louca" e falou q era ali, (a avenida saindo do metrô tem esse nome), e foi uns bons 15 minutos e muita mímica de fingir que tava bebendo até ela entender que eu queria ir na "Viña Concha y Toro". Saí e peguei um táxi, me informei no hotel quanto dava até lá (2000 pesos), o motorista me cobrou 3000, mas você também pode pegar vários ônibus que tem ali em frente.
Dica: em Santiago eles não tem muito costume de ligar o taxímetro não, combine antes de entrar, não tivemos problemas em relação a isso. Mesmo sendo um local seguro fique muito atento no metrô, eles não vão te assaltar, mas sua câmera fotográfica, sua carteira podem "sumir" do seu bolso sem você perceber, o que realmente aconteceu com um casal de brasileiros que estava por lá, não desvie nem por um segundo os olhos das suas coisas e não deixe NADA no bolso de trás. E gente, passaporte é pra ficar no COFRE do hotel, leve com você uma cópia do passaporte e do seu seguro, é o suficiente.
A "viña" é um pouco longe da estação, dá uns 15 minutos de táxi, conte com esse tempo pois o tour começa pontualmente e seu nome vai estar lá na porta. Tem duas opções, a primeira com o tour mais a degustação de 2 vinhos por 7000 pesos (28 reais por pessoa), e a outra com o mesmo tour mais 4 vinhos e uma tábua de queijos e etc (o valor me fugiu da mente, mas era algo como 15000 pesos por pessoa), peguei o de dois vinhos pq, poxa vida, ainda eram 10:30 da manhã, rs!
O passeio é bem bonito, o lugar é muito agradável, tem lagos, tem flores, tem o lugar que o Don Melchor disse que morava o Diabo e que ele guardava as melhores garrafas, tem as uvinhas no pé, e no fim você ganha a sua tacinha linda (que trouxe no colo desde Santiago passando por Mendoza, Buenos Aires e São Paulo, rsrs) e se quiser fica à vontade para tirar mais fotos e pedir uma comida no restaurante lindo que tem ali. Nós pedimos mais uma taça de vinho (hihihihi) e uma porção muuuuuuito gostosa de empanadas (camarão, queijo, carne 5.500 pesos 6 empanadas pra enganar bem a fome).
Dica: na hora de sair tem alguns táxis que ficam ali na porta esperando, e provavelmente algum brasileiro simpático vai querer dividir com você. Se você curte muito vinho faça o tour um pouco mais tarde, assim você aproveita mais, mas não esqueça de reservar. Eles aceitam efectívo (dinheiro vivo) peso e dólar e o bom amigo cartão de crédito, lá não tivemos problemas com o troco (vuelto), mas na Argentina recomendo fortemente você andar com dinheiro trocado.
Voltamos de metrô e lógico que a lombriga do meu marido já estava com fome de novo, então paramos no Azul Profundo, altamente recomendado pelas amigas de blog, e uma leitora num comentário disse que estava lá, me viu e não foi falar comigo! Ah..... Esse restaurante fica na Av. Constituicíon 111 (tem um restaurante ao lado do outro) no bairro BellaVista, e a especialidade? Frutos do mar! Pedimos uma tábua pornográfica de frutos do mar com vieiras, camarões, lulas, locos e machas (marisco locais) e salmão. Gente, o salmão que a comemos aqui no Brasil tem gosto de isopor perto do de lá, tem outro sabor, muito diferente, os camarões são tão frescos que chegam a ser doces e explodem na boca. Estava tudo ótimo, só as lulas que passaram um pouquinho do ponto, no mais, perfeição.
Dica: a comida lá com raras exceções demora muito pra chegar, coisa de 40 minutos, então não adianta chegar morrendo de fome, rs. Todos os couverts que nos serviram lá foram cortesia e são muito gostosos. Ah, e de novo, peça um balde com hielo porque até nesse super power restaurante a Pepsi veio quase que na temperatura ambiente...
A tarde estava muito quente e muito seca (quase que 35 graus) mas mesmo assim resolvemos conhecer o Cerro Santa Lúcia, como nosso hotel estava muito bem localizado (ao lado do metrô Baquedano) fomos a pé seguindo o rio Mapocho, passamos por um parque que é uma praça, rs, muito lindo e agradável, até sentamos ali pra esfriar um pouco a cabeça, acho que se chama Pç. República e tinham muitas crianças lindas (as menininhas lá são lindas demais, todas com maria chiquinha, bem branquinhas de olhos e cabelos escuros, pensamos seriamente em sequestrar uma delas mas não rolou), uma até perguntou: Brasileña? Owwww, e elas falando Papi, papi!!! Ops, desviei do assunto. Lá na praça perguntamos a direção do Sta Lúcia e cada um disse uma coisa, rs, que ótemo! Eventualmente achamos o caminho e demos de cara com uma feirinha de antiguidade muito simpática antes de entrar no Cerro.
Dica: nos informaram caminhos diferentes pq. o cerro tem várias entradas, uma tem a feirinha, na outra tem uma fonte, veja os predinhos em volta e me diga se você não quer se mudar para ali agora! E uma dica essencial de beleza, leve bepantol, foi o que salvou os nossos pés e nossos lábios, lá nessa época é seco demais!!!
O lugar é lindo, clima excelente, atendimento mega rápido e eficiente, a montagem do prato é uma coisa tão linda que dá dó de comer, eu pedi um ceviche com abacate, cebola (gostosinho mas ok) e meu marido um carne não sei do que que faz o maior sucesso pois várias mesas tinham pedido (estava delicioso).
Dica: fiquei mega preocupada com o figurino pra ir jantar nesses restaurantes, levei vestido e etc, me senti bem, vestida desse jeito, maquiada, com um sapatinho bonito, mas tinha muita gente mega normal de tênis, bermuda, bem turista, e todos foram bem atendidos. As chilenas se vestem bem, discretamente, calças no tamanho certo, nada agarrado demais e quase não usam salto, tinham vários chilenos nesse jantar e todos estavam de jeans, uma blusa bacana mas descontraído. Evite decotes ou roupa muito justas pq vai chamar muito a atenção, vão olhar pra você e fazer o comentário: brasileña! Não com desdém ou algo do tipo, é mais uma constatação, e eu vi fazerem isso na rua com uma menina que estava com uma calça justíssima e salto alto, e sim, ela realmente era brasileira.
E depois PRAIA! ...continua